sexta-feira, 9 de novembro de 2012

O jornalismo na era da convergência digital

Informação em diferentes suportes. Foto: Criselides Lima


A convergência midiática resulta na multiplicidade de função dos meios de comunicação e na facilidade do acesso a informação. A divisão do jornalismo em impresso, televisivo e radiofônico se mistura com o advento da internet. Também perde sentido quando além do computador, surgem mais duas diferentes plataformas de comunicação, o tablet e o smartphone.

O importante agora é conhecer e saber como usar todos os gêneros, ser um profissional preparado para vender suas informações em qualquer plataforma. TV tem rádio e internet. Internet tem tv e rádio. Rádio seleciona as músicas a partir das sugestões dos ouvintes pelas redes sociais. Celular tem internet, tv e rádio. Jornais e revistas têm versões diferentes para impresso, tablets e smartphones. A convergência das mídias é real, o papel das empresas de comunicação é adequar-se cada vez mais a isso.

Para Amanda Alboino, estudante de jornalismo pela UFC, o jornalismo está melhorando ao entrar nesse processo de convergência. “Este ano, especialmente, fiquei prestando atenção nos debates pela internet que aconteciam no site do O Povo. Foi bem bacana porque a gente podia assistir o debate mesmo sem estar em casa com a TV”. Mas ela também questiona o futuro do jornal impresso. Pois é comum as pessoas preferirem ler as notícias e até anunciarem na internet. “Hoje muita gente dispensa o papel pra ler as notícias no iPad de graça”.

A tendência da convergência midiática é que os jornais e revistas impressos tornem-se mais e mais dispensáveis. A boa informação é essencial e pode ser feita em qualquer plataforma. Também é positivo que menos papéis sejam fabricados, do ponto de vista ecológico. Então, a convergência midiática só tem a contribuir para o futuro do jornalismo? Ela atinge diretamente a classe média e alta e facilita a busca de informações no dia-a-dia. Mas pode ser um meio de exclusão de social.

Quem não tem acesso fácil à internet, tablet e smartphones, não entende o processo de convergência midiática. Essa parcela da população usa o impresso como meio fundamental de informação. Se ele acaba, essas pessoas ficam restritas ao radio e a TV? Espera-se que não. Certamente o impresso ainda tem alguns anos de vida, E se um dia acabar, a convergência midiática já pode ser algo de fácil acesso a todas as camadas sociais.


                                                                                                                                               Criselides Lima

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