Informação em diferentes suportes. Foto: Criselides Lima |
A
convergência midiática resulta na multiplicidade de função dos meios de
comunicação e na facilidade do acesso a informação. A divisão do jornalismo em
impresso, televisivo e radiofônico se mistura com o advento da internet. Também
perde sentido quando além do computador, surgem mais duas diferentes
plataformas de comunicação, o tablet e o smartphone.
O
importante agora é conhecer e saber como usar todos os gêneros, ser um
profissional preparado para vender suas informações em qualquer plataforma. TV
tem rádio e internet. Internet tem tv e rádio. Rádio seleciona as músicas a
partir das sugestões dos ouvintes pelas redes sociais. Celular tem internet, tv
e rádio. Jornais e revistas têm versões diferentes para impresso, tablets e
smartphones. A convergência das mídias é real, o papel das empresas de
comunicação é adequar-se cada vez mais a isso.
Para
Amanda Alboino, estudante de jornalismo pela UFC, o jornalismo
está melhorando ao entrar nesse processo de convergência. “Este ano, especialmente, fiquei prestando atenção nos
debates pela internet que aconteciam no site do O Povo. Foi bem bacana porque a
gente podia assistir o debate mesmo sem estar em casa com a TV”. Mas ela também
questiona o futuro do jornal impresso. Pois é comum as pessoas preferirem ler
as notícias e até anunciarem na internet. “Hoje muita gente dispensa o papel
pra ler as notícias no iPad de graça”.
A
tendência da convergência midiática é que os jornais e revistas impressos
tornem-se mais e mais dispensáveis. A boa informação é essencial e pode ser
feita em qualquer plataforma. Também é positivo que menos papéis sejam
fabricados, do ponto de vista ecológico. Então, a convergência midiática só tem
a contribuir para o futuro do jornalismo? Ela atinge diretamente a classe média
e alta e facilita a busca de informações no dia-a-dia. Mas pode ser um meio de
exclusão de social.
Quem
não tem acesso fácil à internet, tablet e smartphones, não entende o processo
de convergência midiática. Essa parcela da população usa o impresso como meio
fundamental de informação. Se ele acaba, essas pessoas ficam restritas ao radio
e a TV? Espera-se que não. Certamente o impresso ainda tem alguns anos de vida,
E se um dia acabar, a convergência midiática já pode ser algo de fácil acesso a
todas as camadas sociais.
Criselides Lima
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