sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Convergência e o jornalista multimídia

Mesma informação, diferentes suportes | Foto: Bárbara Danthéias

As novidades tecnológicas redesenham a esfera social. Com a Internet, esse redesenho se potencializou a partir da mudança nos modos de interação e troca de informações. O Jornalismo, que tem o papel de profissionalizar a informação, teve, então, que dar conta da confluência de linguagem, códigos e conteúdos para um mesmo suporte: o computador.

Segundo o professor da disciplina de Cibercultura e coordenador do curso de Jornalismo da UFC, Riverson Rios, a convergência está bastante presente no meio jornalístico. O professor comenta que essa convergência altera a divisão que, antigamente, era bem definida entre quem trabalhava com impresso, fotografia, televisão e rádio. “Porque, agora, pra contar uma história, você não usa apenas um meio. Você tem que conhecer todos os outros”, explica.

Para Israel Gomes, aluno do sétimo semestre de Jornalismo na Fanor (Faculdades Nordeste), a convergência dos meios exige dos profissionais de comunicação mais do que um bom texto. “Conhecimentos em edição de vídeo, de áudio e em programas de tratamentos de fotos são imprescindíveis para quem desejar trabalhar com Jornalismo na Internet”.

Israel Gomes, que estagia no portal de webjornalismo O Povo Online, acredita que a internet alterou os rumos do fazer jornalístico. Para ele, o webjornalismo tornou a informação mais acessível e regionalizada. “O rádio, a TV, o impresso, a revista, seja local, nacional ou internacional estão lá, disponíveis na Internet. Sem contar a própria produção desenvolvida pela plataforma”.

As mudanças no fazer jornalístico advindas da convergência midiática trouxeram com elas várias incertezas. Entre elas, o receio de que o jornalismo impresso perca seu espaço com o desenvolvimento cada vez mais acelerado das novas tecnologias. Um exemplo claro disso é o que aconteceu com o Jornal do Brasil (RJ), extinto na sua forma impressa em 2010 e atualmente veiculado apenas no formato digital.

De acordo com o professor Riverson Rios, a mudança de suporte não implica um desinteresse pela informação de qualidade e, consequentemente, uma desvalorização da profissão do jornalista. “Acho que a necessidade das pessoas pela credibilidade e veracidade das notícias vai continuar existindo”, opina.

Bárbara Danthéias e Paulo Renato Abreu

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