O Jornalismo na nova realidade midiática | Foto: Mikaela Brasil |
Que a convergência midiática seja um dos assuntos mais debatidos quando se trata de jornalismo não é novidade. Com a informação disponível em plataformas e linguagens diferentes, esse assunto é trazido novamente para a discussão a cada acontecimento que movimente atenções e mais questionamentos são feitos, mais artigos são escritos, mais sentenças a respeito do futuro da profissão jornalística são proferidos.
A questão não é recente
Quando as tecnologias se modificam, a dinâmica da sociedade também vai mudando, algo que não é exclusivo dos dias atuais. O surgimento do telégrafo, no fim do século XIX, mudou a comunicação, permitindo que notícias e informações chegassem de forma mais rápida, sendo chamado de “Internet Vitoriana” pelo jornalista norte – americano Tom Standage.
E antes mesmo do surgimento da web, a questão de convergência midiática já existia: “Se a gente pensar no ponto de vista de suporte, televisão já oferece um tipo de convergência entre a imagem e o som, ou seja, toda a empolgação que a gente tem hoje em relação à convergência, a gente já teve há algumas décadas”, afirma o professor de Ética no Jornalismo da UFC, Jamil Marques.
O desafio do jornalista
Com a Internet trazendo novas formas de fazer a comunicação, o leitor não se conforma mais com a notícia lida no impresso, mas corre atrás da instantaneidade das redes sociais e portais de notícias, o que torna a função jornalística mais um desafio. “O jornalista que faz convergência midiática deve se preocupar não apenas com aquela área, ele tem que pensar em várias maneiras de fazer jornalismo para atrair o público” opina Júnior Duarte, estudante do 4° semestre de Jornalismo da UFC – Campus Cariri.
Com isso, o trabalho do jornalista se volta mais para a qualidade do seu texto e o seu preparo para atuar em diversos formatos, como pontua o professor Jamil Marques: “no lugar de priorizar um suporte, precisamos começar a enfatizar a linguagem, ou seja, como podemos oferecer uma boa entrevista, uma boa reportagem, um bom comentário, uma boa opinião, independente de onde vai ser veiculado. Acho que a gente tem que tentar tornar benéfico o que a tecnologia nos oferece.”
Com empresas mantendo seus produtos de diversas plataformas em perfeita harmonias e outras dando adeus, a sobrevivência nessa nova convergência vai além dos jornalistas, mas de como os próprios meios de comunicação farão para agregar novos formatos em conteúdo de qualidade, tendo em vista um público consumidor que busca uma instantaneidade maior.
Caroline Portiolli, Mikaela Brasil e Taís de Andrade.
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