quinta-feira, 8 de novembro de 2012

A convergência midiática e o fazer jornalístico

Formatos e linguagens diferentes podem ser trabalhados num mesmo suporte midiático | Foto: Juliana Braga

Os avanços tecnológicos atingiram os modos de agir e pensar. O hábito de consumir e trocar informações dentro de um círculo social limitado foi substituído com o surgimento da internet e a consequente supressão de limites geográficos, conectando pessoas de todo mundo entre si a facilitando a comunicação. As novas tecnologias atingiram os modos de disseminar informação. Nos jornais, elas estão mais presentes nas etapas de produção, provocando mudanças no fazer jornalístico.
A Internet e os avanços tecnológicos possibilitou a interligação dos diversos suportes midiáticos, criando uma convergência entre esses meios. Os diferentes modos de fazer jornalístico como o impresso, o radiofônico e o televisivo podem ser trabalhados num único suporte. Nos portais jornalísticos busca-se tornar a experiência do receptor com o conteúdo cada vez mais palpável, estando presente na mesma matéria, texto, imagem e vídeo.
O intento de uma percepção mais real do conteúdo é uma postura que o jornal teve de adotar. A empresa antes fonte legítima de informações e entretenimento teve de se adaptar estruturalmente a essas mudanças. Tendo em vista que não se consome apenas o jornal diário, mas também dados através da internet, da televisão, entre outros suportes midiáticos. Porém, ao contrário do que pode se pensar, essas novas tecnologias não veem para substituir as antigas, mas ambas acabam dialogando entre si na busca de uma comunicação eficiente e com linguagem atrativa.
O professor e doutor Ricardo Jorge afirma que há convergência midiática com a reunião de vários atributos, suportes e até mesmo gêneros jornalísticos que passam a residir numa única plataforma ou em várias. Para ele, a prática se modifica bastante porque o jornalista não se preocupa em fazer somente o texto impresso, ou a gravação de qualidade para o rádio, ou a imagem para a televisão. “O jornalista se ocupa com tudo isso de certo modo, ele tem que se adequar ao maior quantidade possível de linguagens se ele quer alcançar a meta pela qual se formou: informar.”, afirma.
O estudante de jornalismo João Vitor afirma que o jornalista deve se adaptar a esse diálogo entre as diversas mídias. “A gente que tem que dominar tecnicamente vários suportes, mas isso não é um obstáculo. É algo que está no nosso dia a dia.”, conclui.
As mudanças provocadas com a convergência de mídias vêm gerando mais discussões entre teóricos do jornalismo sobre a teoria e prática. O ideal é adaptar os fundamentos do fazer jornalístico e adaptar a essa nova realidade profissional, buscando soluções para atrair diversos públicos numa tentativa de tornar a notícia cada vez mais completa, palpável e inteligível.


Juliana Braga

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