Uma agulha? Não. Doze agulhas de uma só vez perfuraram a pele da advogada Lara Feitosa durante uma longa sessão de tatuagem. Na sua pele, pouco a pouco, a frase: "Fé em Deus e serenidade", e o desenho de uma rosa, ganhavam vida (ver foto). E, apesar de ela ter sentido a dor de cada uma dessas agulhas, "desistir" não estava entre as palavras do seu vocabulário. Essa foi uma das entrevistadas para a matéria Tatuagem: para o resta da vida, feita por mim, Fernanda Valéria e Larissa Sousa. O objetivo era simples: descobrir as relações que há entre tatuagem e identidade.
Depois da escolha, o primeiro passo de uma tattoo é fazer o contorno do desenho. (Foto: Jully Lourenço) |
Mesmo com as orientações de um bom profissional, quem se submete a marcar o corpo também precisa se atentar para um possível arrependimento mais tarde. Por isso, pensar muito bem antes de realizar o serviço é uma das premissas para não ter dor de cabeça com o desenho escolhido, por exemplo. Já que, na maioria das vezes, essa escolha é baseada na vulnerabilidade dos estados emocionais por que passam as pessoas.
Da tinta irreversível ao aprendizado da pauta
Além de significarem a vontade de levar consigo uma lembrança, as tatuagens também exercem um papel de representação daquilo que somos e queremos que os outros nos vejam. Outro ensinamento, após a apuração da matéria, foi de que é preciso ter coragem, atitude, e cuidados, na hora de resolver aderir às tattoos. Uma vez que, mais do que um quesito de beleza, ou não, pois isso é singular a cada um, elas podem definir a nossa essência.
Um comentário:
Jully,
Gostei do começo do texto, quase senti a dor das agulhas. Espero que a construção da matéria não tenha sido tão dolorosa quanto as tatuagens dos personagens.
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