sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Bosque Moreira Campos revela história sob a sombra das mangueiras




Vários tipos passam pelo bosque todos os dias. Estudantes de letras, comunicação, trabalhadores rumo ao emprego, professores. Há também os que chamam atenção apenas pelo visual bem chamativo, cabelos com dreads, piercings e tatuagens.  O fato é que bosque Moreira Campos é assim, cosmopolita, cheio de vida e histórias para contar.

Os encontros e desencontros acontecem todos os dias. O caminhar diário das pessoas pode parecer sem significado especial, mas o simples ato de trafegar por entre as calçadas, parar para tomar café da manhã, ou sentar nos bancos para uma agradável conversa já se tornou parte da vida de cada um.
“se essas árvores falassem, com certeza contariam muitas histórias” conta a estudante de letras Cynara Ramos. Ela se reúne com os amigos para realizar várias atividades com os amigos.

Sentados no chão mesmo, eles aproveitam a sombra das mangueiras para jogar twister, jogar conversa fora, e até formar um grupo próprio que tem sua sede no bosque, a “turma da bêbah” ela conta que se formaram laços de amizade fortes nas reuniões nas tardes do bosque.
Os estudantes de Letras da UFC fizeram do bosque o local das suas reuniões.
Foto: Catherine Santos

Além de ser local para a reunião entre amigos, o local também funciona como vitrine para vários tipos de manifestações ideológicas ou artísticas. “Quem quer ser visto vai pro bosque, por aqui acontece de tudo” diz a estudante de letras, Jéssica Xavier. Ela ainda se lembra do fato mais marcante que presenciou, as eleições do C.A, “que quase acabaram em pancadaria” segundo ela.
                                        O estudante de Letras- Português/ Alemão Aaron Frederick
                                           conta o que vivenciou no Bosque Moreira Campos
                                           

Desde os tempos das civilizações antigas, espaços públicos, como praças, bosques ou parques funcionam como palco para troca de interações das pessoas e para a divulgações de ideias ou para a manifestação e apreciação da artes.

Sob a sombra da mangueira, Rui Santos da Costa vende lanches na sua banca no lugar de maior visibilidade do Bosque. Quem passa pela manhã compra café, balas, e conversa um pouco enquanto admira a vista das árvores. “Se eu sei histórias sobre aqui? (o bosque) sei de muitas, mas não posso te contar, agora tenho que atender a clientela, o movimento da tarde é muito grande” disse ele, evitando conversar muito enquanto vende seus lanches.
Estudantes relembram histórias e experiências vividas no bosque.
Foto: Catherine Santos

A curiosidade é que, apesar das muitas histórias e acontecimentos célebres ocorridos no local, as pessoas ainda tem receio de contar, seja por medo ou vergonha. Atos proibidos são contados as escondidas, ou guardados só pra si mesmo.

O Ex-estudante da UFC Kall Sales relembra o tempo em que o bosque ainda não tinha toda a estrutura de que dispõe hoje. “Em 2005, o bosque não havia sido reformado, então, a gente chegava aqui e só encontrava dois bancos pra sentar, hoje está tudo diferente” diz.

                                                                                                  Por: Catherine Santos
 

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