Mídia em convergência Foto: Eduarda Talicy |
Não se pode negar que o "boom" da internet tem mudado a estrutura de diversos âmbitos da nossa sociedade. O campo da informação, em especial, vive uma verdadeira revolução, onde as barreiras entre o espectador e a produção estão cada vez menores. Seria esse o início do fim do Jornalismo convencional?
“Não. Não acredito nisso”, conta o professor do curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Ceará (UFC), Ricardo Jorge. Para ele, a linguagem da internet é naturalmente mais concisa e comprimida, uma vez que tem a pretensão de atingir um público muito mais furtivo. É o que ele chama de “jornalismo em pílulas”.
Mas, o professor reitera que isso não significa um empobrecimento do ofício jornalístico. Segundo Ricardo, a linha editorial é a verdadeira definidora do tipo de abordagem de cada veículo. “Do mesmo jeito que a internet permite trabalhar com textos pequenos, ela permite trabalhar com textos enormes”.
Tamara Lopes, estudante de Jornalismo da UFC, vivencia a nova realidade da profissão. Ela conta que faz vários tipos de textos voltados para plataformas diferentes. “O mercado hoje exige um profissional completo, que sabe tanto realizar uma entrevista, quanto uma fotografia, ou edição de áudio e vídeo de qualidade”, diz.
Para Ricardo Jorge, o grande desafio para o profissional do Jornalismo na atualidade é a cobrança pela notícia veiculada em tempo real, uma vez que se vê rodeado de informações enviadas por internautas. Cabe a ele complementar, contextualizar e trabalhar com as formas colaborativas dessa produção.
Por Eduarda Talicy e Felipe Martins
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