domingo, 10 de junho de 2012

O rock de Fortaleza também é “for all”

Por Kelviane Lima

O fazer jornalístico é apaixonante. E se torna ainda mais quando você tem a oportunidade de falar sobre assuntos que te fascinam. E isso aconteceu com a gente. A pauta surgiu como um impulso (como grandes pautas costumam surgir) e pôde se tornar realidade por meio da nossa escrita. Mas, espera, é para a internet, dá para ir bem mais além. A escrita se mescla ao vídeo e à fotografia, e faz tudo parecer mais completo.

Falar sobre bandas independentes de rock autoral em Fortaleza caiu como uma luva para uma dupla que respira música. E respira rock. E tem banda de rock! Mas calma, nessa pauta, nosso papel foi apenas de jornalista, mas de jornalista apaixonada pelo tema.

Paixão à parte, precisamos dizer que não foi tão fácil quanto parece. Nossa equipe se resumiu à duas pessoas, duas pautas, várias fontes e um deadline apertadíssimo. Para fazer tudo acontecer, tivemos que nos dividir. E lá vamos nós, como um malabarista de circo, fazer entrevista, foto e vídeo. Tudo por conta própria. Mas esse é justamente o Jornalista Way of Life: se virar como pode e ainda fazer bem feito.

Tivemos a oportunidade de conversar com o Maurílio Fernandes, integrante da produtora Empire Records, vocalista da novíssima, mas não menos experiente Rocca Vegas e vocalista da extinta banda Switch Stance; com Álvaro Abreu, integrante do selo Panela Rock e baterista da Sátiros; e com Elineudo Morais, vocalista da destruidora Flagelo e vendedor na Galeria do Rock.

Nossa intenção, ao falar com músicos mais experientes, foi mostrar a realidade do cenário do rock independente na cidade por pessoas que vivenciam isso dia-a-dia há algum tempo. A ideia foi dar espaço a uma cena que é berço de bandas talentosas, mas que, na maioria das vezes, não tem tantas oportunidades de mostrar seu trabalho. Afinal, nem só de forró vive nossa cidade!

Nas conversas, percebemos que a principal preocupação desses músicos está no público, que não valoriza o cenário local. Maurílio, por exemplo, fala que, atualmente, o interesse do público não está mais nas bandas em si, mas em outros atrativos que o show pode trazer:



E a vida de músico roqueiro também tem suas bizarrices. Maurílio nos contou que já teve até de tocar em cima de um caminhão. “Nós tocamos em cima de um caminhão, em Mossoró, num campeonato de skate. A gente tocava e o caminhão fazia bum,bum,bum.”

Elineudo também fala de uma situação bem constrangedora que viveu em um show da Flagelo:



Agora que terminamos o aquecimento, é hora de sair dos bastidores, subir no palco e curtir um bom rock. Vamos para a reportagem?

Um comentário:

Naia disse...

Mto bom Kel. Vc captou o espírito do blog e estou curiosa para ver o resultado final, não só do texto, mas de todo o material.

Parabéns!!