Por Fernanda Valéria, Jully Lourenço, Larissa Sousa, Márcia Catunda, Marcella Macena, Marcello Soares e Thaís Brito
O profissional multimídia com foco para a WebTV é abordado em palestra para estudantes de Jornalismo da UFC
Como funciona uma WebTV? Essa foi a questão central da palestra ministrada pela jornalista Ívila Bessa, editora-chefe de conteúdos digitais do Sistema Verdes Mares de Comunicação. O encontro ocorreu na última sexta-feira, 11, na Universidade Federal do Ceará (UFC), e contou com a participação de estudantes do 5º semestre do curso de Jornalismo.
Ívila Bessa explicou como é a dinâmica de quem precisa, ao mesmo tempo, fazer um vídeo, tirar uma foto, e ainda escrever um texto, como é o caso do jornalista multimídia. (Foto: Larissa Sousa) |
A WebTV é um modelo de transmissão de informações na Internet por meio de vídeos que, segundo Ívila, ainda está em fase experimental no Brasil. “A tecnologia nos dá novas possibilidades de recorte de notícias. Esse é o principal desafio”, disse Ívila sobre as peculiaridades do jornalismo online, como a atualização constante de conteúdo multimídia e uma narrativa mais dinâmica.
Para a jornalista, o perfil da audiência também exige uma nova rotina nas redações. “O jornalista vai ter que se acostumar a ir atrás de uma resposta. É inevitável. É saber se o público está consumindo as notícias, de que maneira está se relacionando com a informação. Isso dá uma ideia para saber se devemos investir em determinado conteúdo”, explicou Ívila.
Ela também falou sobre o jornal impresso, que enfrenta atualmente o desafio da grande concorrência com outros meios. " Os jornais disputam a atenção e o tempo do público com as opções de entretenimento", afirmou a jornalista.
Com relação ao modelo de economia que envolve os portais online, Ívila destacou o fator moeda de engajamento, ou seja, a interação dos internautas no processo de conteúdo. “Tem que fazer com que as pessoas compartilhem positivamente o conteúdo que você postou. Não adianta ser lido, tem que ser compartilhado, retuitado, comentado”, afirmou.
Ívila ainda falou sobre o comportamento dos leitores na Internet. Para ela, cada vez mais os internautas estão abandonando a antiga forma de navegação. A informação está deixando de ser procurada para ser achada. “As pessoas não digitam mais o nome do site no browser e vão atrás da notícia. Cada vez mais há um aumento do gráfico de site de referência, que é quando você procura pela notícia num processador de solicitações de pesquisa, como o Google”, contou.
TV DN
Como exemplo, a jornalista citou a TV DN, criada há cinco meses para integrar o portal do jornal Diário do Nordeste. Com um número médio de 691.000 acessos, a ferramenta tem permitido uma maior interatividade com o uso de recursos como o like me, o compartilhamento e o “Vc repórter”, que permite a colaboração do internauta.
Ívila disse que uma das características da TV DN é a busca pela produção de vídeos de curta duração. O motivo da economia de tempo está em pesquisas que apontam que o internauta dedica, em média, três minutos para assistir a um vídeo completo. Além disso, o formato das produções segue a tendência disseminada pelo telejornalismo. Para Ívila, a aplicação de formatos da TV, como a entrevista, ocorre devido à “credibilidade” que eles adquiriram.
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