sábado, 29 de outubro de 2011

Adaptação de Harry Potter para o cinema é tema em GD

 Por Aline Caetano e Ingrid Braquehais

O título Tradução Intersemiótica pode assustar a primeira vista, mas nada mais é do que a transposição de uma narrativa de um meio para outro. O tema foi discutido na última tarde (28) da Semana de Comunicação, no Grupo de Discussão (GD) “Tradução Intersemiótica”, ministrado pelo estudante de 5° semestre de Jornalismo, Fernando Wisse. Para falar do assunto, ele voltou os olhos para um caso em especial.
Fernando Wisse (Foto: Aline Caetano)
Das páginas para a tela
Wisse escolheu um dos maiores sucessos do cinema para a análise: a saga Harry Potter. A franquia teve seus sete livros adaptados em oito filmes. Para Wisse, reduzir grande quantidade de páginas em filmes de duas horas certamente foi um grande desafio.

O estudante questiona: “É possível manter o enredo tradicional sem deixar furos na história?”.
Na discussão, o filme Harry Potter e o Prisioneiro de Askaban - o terceiro da série - ganhou como o mais bem adaptado para as telas do cinema entre os participantes do GD.
Para o estudante e pesquisador existem falhas na adaptação para o cinema que podem passar despercebidas, principalmente para quem não leu os livros. Por exemplo, o fato de Harry falar com as cobras no último filme. Na cena, ele conversa em língua de cobra com uma personagem na frente de Hermione (Emma Watson) que por sua vez, não reage, como se fosse um coisa corriqueira. Segundo ele, a adaptação nunca será fiel e segue o que os criadores tanto no cinema como nos livros ditam.
No debate foram discutidos elementos próprios da tradução intersemiótica, como a elaboração de cenários e construção de personagens. Wisse defende que o protagonista Daniel Radcliff já se tornou uma espécie de ícone. “Daniel é mais Harry por cansaço, quando você lê o livro, você imagina o rosto do Daniel”, afirmou Wisse. Para ele, os três personagens principais do filme passaram a permear no imaginário dos fãs do livro, que antes imaginavam outros Harrys, Ronys e Hermiones
Participantes do GD (Foto: Aline Caetano)
Cada livro é um ciclo completo
Wisse fez uma comparação da saga do bruxinho inglês com outras séries de livros que também foram traduzidas para o cinema, como Game of Thrones e Senhor dos Anéis. Ele explica que ao contrário dessas narrativas, cada livro de Harry Potter fecha um ciclo e não poderia ser transposto para uma série de tevê, por exemplo, sendo bem-sucedido no formato de filme.
A série de filmes Harry Potter é a mais bem sucedida da história do cinema, com mais de 7 bilhões de dólares em arrecadação e recebeu 9 indicações ao Oscar.



Veja abaixo a opinião dos participantes do GD sobre o tema:




Assista os vídeos exibidos por Wisse no GD: Vídeo 1 Vídeo 2 Vídeo 3.


Quer saber mais sobre o tema? Na UFC, há um grupo que estuda a tradução intersemiótica. Faça uma visita:

Grupo de Tradução Intersemiótica
Coordenação: Gabriela Reinaldo
Bolsista: Pedro Henrique
Reuniões: de 15 em 15 dias, segundas às 12.30 hrs.

Um comentário:

Aline Moura disse...

Caetano, o vídeo do GD Harry Potter ficou show! Você arrasa!