sexta-feira, 18 de março de 2011

Análise da editoria de esportes

Aplicação das características da Internet na revista

Pouco uso de HIPERTEXTO dentro do texto principal das matérias da seção. A hipertextualidade pode ser observada apenas no intertítulo “VEJA TAMBÉM”, ao final da matéria, que convida o leitor a ver outras notícias relacionadas. Faltaram elementos imagéticos e audio-visuais que ilustrassem os textos. Isso compromete o interesse do leitor pelos textos.


INTERATIVIDADE: Pouco observada nos textos. A contribuição das pessoas - o chamado Jornalismo Cidadão, em forma de vídeos e fotos feitos por eles mesmos - não foi observada. O vídeo postado em uma das notícias, apesar de mostrar os personagens da matéria, foi feito pela repórter.


Os links que ligam a entrevista do Preto Zezé a sua matéria de abertura tornam a leitura mais interativa. Caso a entrevista fosse editada em um só post, a leitura ficaria cansativa.


CONVERGÊNCIA: As ferramentas de convergência foram pouco exploradas na editoria de esporte da Revista Impressões Digitais. O principal sintoma disso é que em apenas 5 delas, de um total de 14, é utilizado outro recurso que não seja o texto escrito ou a fotografia — em 3 artigos não há nem fotos.


Além disso, não há uma variedade de recursos: há apenas o emprego de vídeos relacionados ao assunto do artigo.


A convergência poderia ter sido utilizada de forma bem mais ampla e variada através de outras plataformas de mídia, como os podcasts. Estes poderiam ter sido colocados nos artigos dedicados somente à entrevista com o Preto Zezé, por exemplo. Animações e infográfico também poderiam figurar vinculados ao texto.


NÃO-LINEARIDADE: Pouco observada. A maioria dos textos está na ordem da pirâmide invertida, seguindo o modelo tradicional. Poderia haver matérias que misturassem, de forma organizada, texto com imagens e vídeos. Isso daria uma não-linearidade maior.

Apesar disso, ela deve ser utilizada de forma organizada. Em uma das notícias, “O basquete nas ruas com a Libra”, por exemplo, deveria haver uma organização melhor na estrutura e no “casamento” entre texto e imagens.


FORMATAÇÃO DOS TEXTOS: a formatação dos textos não segue um padrão, pois há fotos no meio de alguns artigos, em outros há fotos somente no final. Seria bom ter um padrão de formatação, porque a aparência da revista fica descuidada quando cada artigo se apresenta com um modelo diferente.


INSTANTANEIDADE: Não é possível avaliar esse critério, visto que as matérias são frias e não factuais (hard news), que exigiriam essa instantaneidade.


Conteúdo jornalístico


TEXTO: Parágrafos curtos são predominantes nos textos, adequando-se à linguagem objetiva da internet. Nesse aspecto, entram também os intertítulos, que estão presentes na maioria das notícias. Eles deixam a leitura menos cansativa e mais dinâmica.

A divisão da entrevista por temas também é algo a se destacar, pois ajuda na questão de torná-la menos cansativa, impedindo que o leitor “se perca”. Algumas matérias, por ter um tamanho considerável, evitam o cansaço do leitor e tornam o texto mais leve ao utilizar um instrumento muito comum: o entretítulo.


Alguns dos textos apresentaram superficialidade de ideias, com argumentos clichês.


FOTOS E VÍDEOS: As fotos das matérias em seção à parte do texto principal – observada na notícia “Esperança no skate” – é um bom recurso, principalmente quando há uma grande quantidade de fotos, como no caso citado.

Isso porque elas não concorrem com os textos na chamada de atenção do leitor. Apesar disso, quando reunidas em uma só seção, elas podem deixar os textos menos atrativos e cansativos, devido à presença única do texto corrido.


Outro ponto a ser destacado é a ausência de legendas nas fotos, o que só foi observado em uma das notícias.


Posts com fotos e vídeos mostram que houve, de fato, uma apuração in loco das matérias, dando uma maior verossimilhança ao que está sendo dito. Além disso, quebram a monotonia de matérias só com textos.


Por: Evelyn Onofre, Hayanne Narlla, Igor Gadelha, Mariana Freire, Nayana Siebra, Pedro Vasconcelos, Raíssa Câmara, Ranniery Melo e Roberta Tavares.

Um comentário:

Raiana de Carvalho disse...

Sobre os comentários sobre HIPERTEXTO e NÃO-LINEARIDADE. De fato, o recurso de hipertexto poderia ser melhor explorado se houvesse links ao longo do texto e não apenas no final. Além de aproveitar esse recurso, o hipertexto também possibilita a característica de NÃO-LINEARIDADE da internet. O problema não é de que as notícias sejam escritas no formato da pirâmide invertida e com lead. O que vai conferir não-linearidade é a hipertextualidade no corpo do texto, que vai permitir ao leitor mudar o assunto quando ele bem entender.

Quanto à INTERATIVIDADE, falta no blog todo um espaço para comentários do leitor. Só na parte de CONTATOS é que tem um e-mail e o link do blog, mas isso tem de estar disponível ao final de todas as matérias, e depois tem de aparecer no próprio site os comentários dos leitores, para que eles se sintam estimulados a continuar comentando.

Em relação às FOTOS, apesar de parecer mais organizado quando as fotos vêm ao final do texto, isso prejudica a chamda de atenção para a própria notícia. Não acho que seja problema ter uma foto que chame atenção. Isso não vai desviar a atenção do leitor para o texto, pelo contrário, vai levá-lo a ler. E na internet, é o internauta que escolhe o que ele quer ver e ler.

Podcasts podem dar mais dinamismo às matérias.