sábado, 30 de outubro de 2010

Entrevista com Narcélio

Semana passada, eu e a Carol fomos ao atelier do grafiteiro Narcélio Grud para entrevistá-lo.
Depois de andarmos um pouquinho debaixo do sol (super quente!) e chegarmos na "casatelier" do artista, fomos recebidos na porta por um de seus amigos, que o ajuda nos trabalhos, porque Narcélio estava na cozinha cortando um abacaxi para nós.

Fomos entrando na casa dele e, ao chegarmos na cozinha, ele nos recebeu com o seu grande sorriso. Já oferecendo água e o abacaxi (por sinal, delicioso!). Nesse momento, vi que a entrevista não teria, de forma alguma, um tom formal. Não poderia ter.

Nárcelio nos desestruturou com a sua simpatia e simplicidade. Depois de mostrar o seu atelier inteiro, suas obras em construção e as já prontas - como uma de suas esculturas sonoras, a Guiparra, que me fascinou; uma pá velha e enferrujada transformada em guitarra (e funciona!) -, começamos a entrevista propriamente dita.

Já na primeira pergunta, resolvi guardar o papelzinho que levei com todas as 15 perguntas, pensadas em 3 blocos de assunto. Não conseguiria seguir uma ordem com Narcélio. Ele não "deixa". Sua mente voa de um assunto a outro e acaba por conduzir a entrevista - ou melhor, a conversa - por si só.

O resultado ainda está sendo trabalhado (neste momento, estou decupando minuciosamente a entrevista, já com dor nas costas - ê velhice!). Basta aguardar a próxima edição da revista para conferir!

Isabela

2 comentários:

Klycia Fontenele disse...

O diálogo a ser construído nas entrevistas é talvez um dos maiores desafios que temos. Conseguir fazer com que uma técnica de captar informações se mescle à boa e velha conversa. Não tornar o entrevistado um interrogado. Não se permitir ser tão mecanicamente preso à pauta. Ter atenção sincera - isso mesmo: atenção sincera! - para não deixar escapar preciosos dizeres, preciosas informações... Apesar disso, não se distanciar muito do propósito, do motivo que levou à produção da entrevista... Esquecer que a entrevista, mesmo dialógica, tem um propósito jornalístico, pode render, por exemplo, muitas horas de edição que às vezes não temos... Muitas dores nas costas ainda por vir, hein Isabela?

Roger Pires disse...

massa a indicação de pauta; tomara que tenha dado para explorar legal o que esse cara tem para "falar ao mundo".

Coordenou um projeto bem legal com instrumentos de sucata com adolescentes e pintou as caixinhas de telefone da cidade. Fez mais que mt "artista".